Tratamentos - Álcool e Drogas

Saiba mais a respeito dos vícios em álcool e drogas.

O que é?

A compulsão por álcool e drogas é considerada um transtorno mental, em que o portador perde o controle sobre o uso da substância, e a sua vida psíquica, emocional, espiritual e física vai se deteriorando gravemente. Nessa situação, a maioria das pessoas precisa de tratamento e de ajuda competente e adequada, através de uma clínica de internação psiquiátrica. O vício não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral, é uma doença tão séria quanto a Diabetes. O paciente não escolhe ter o problema, mas pode sim optar pelo tratamento, e, assim como os diabéticos controlam o açúcar no sangue com medicações e cuidados com a alimentação, quem está nessa situação pode buscar ajuda para também controlar sua adicção e entender o ciclo da doença, considerada BIOPSICOSSOCIAL. A internação psiquiátrica por ser uma medida importante e, em alguns casos, até mesmo a internação involuntária. No entanto, é sempre preferível que a pessoa se conscientize do transtorno e procure auxílio qualificado, por meio de uma clínica psiquiátrica de internação adequada e de excelência.

É uma doença química.

É provocada por uma reação química no metabolismo do corpo. O álcool e o tabaco, por exemplo, embora a maioria das pessoas os separe das drogas ilegais, são tão ou mais poderosas em causar vício em pessoas predispostas, como qualquer outra droga, ilegal ou não.

É uma doença interna e não externa.

As questões externas como dificuldades sociais, familiares, sexuais, profissionais não geram a a compulsão. Existem fatores internos de cada organismo que atuam direta e indiretamente e contribuem para a instalação da doença, provocando uma predisposição física e emocional para o vício.

É uma doença progressiva.

O uso contínuo e sem tratamento de drogas pode se tornar cada vez mais intenso e perigoso para quem é usuário. É uma doença crônica incurável: indiferente de estar ou não em recuperação, usando ou não usando algum tipo de droga. Não existe cura, mas existe sim tratamento com êxito – contínuo e permanente.

É uma doença controlável.

Mesmo que não se possa usar o álcool ou outras drogas de maneira “social” ou “recreativa”, o paciente, se aceitar e realmente se empenhar no tratamento, poderá viver muito bem sem a droga e sem as consequências negativas do seu uso frequente.

É uma doença que atinge toda a família.

O convívio com quem possui o transtorno faz com que sua família também adoeça emocionalmente, tornando-se necessário o tratamento de todos os familiares. As orientações a respeito de como lidar com a pessoa compulsiva e também de como encarar seus próprios sentimentos em relação a ela são essenciais. O apoio de todos é vital neste momento.

É uma doença física.

Se manifesta pelo aparecimento de profundas modificações físicas, alterando o metabolismo orgânico quando se interrompe o uso da droga. Essas alterações físicas obrigam o usuário a continuar consumindo a droga, caso contrário ocorre uma “crise ou síndrome de abstinência”. Essas alterações presentes na “Síndrome de Abstinência” se manifestam por sinais e sintomas de natureza física e variam conforme a droga.

É uma doença psicológica.

É a sensação de satisfação provocada pelo uso da droga que faz com que o indivíduo a utilize continuamente para permanecer satisfeito e evitar o mal estar da abstinência. Com a falta da droga, o indivíduo fica abatido e em péssimo estado psicológico. Quando privados da substância, quem está viciado sofre com modificações de humor, comportamento e mal-estar, devido aos tóxicos que criam a compulsão psíquica.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a compulsão por álcool e drogas se apresenta sob os seguintes sintomas:

1. Tolerância:
Necessidade progressiva de maiores quantidades da substância pra atingir o efeito desejado;Significativa diminuição do efeito após o uso continuado da mesma quantidade da substância.
2. Abstinência:
Presença de sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e sinais fisiológicos (tremor) desconfortáveis após a interrupção do uso da substância ou diminuição da quantidade consumida usualmente; Consumo da mesma substância ou outra similar a fim de aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.
3. Ingestão excessiva:
Ingestão da substância em quantidades maiores ou por um período maior do que o período de uso inicial.
4. Desejo de diminuir:
O indivíduo expressa o desejo de reduzir ou controlar o consumo e a quantidade da substância ou apresenta tentativas nesse sentido, porém sem sucesso.
5. Perda de Tempo:
Boa parte do tempo do indivíduo é gasto na busca e obtenção da substância, na sua utilização ou na recuperação de seus efeitos.
6. Negligência em relação às atividades.
O repertório de comportamentos do indivíduo, como atividades sociais, ocupacionais ou de lazer pode ser extremamente limitado, pois a pessoa compulsiva fica em torno de atividades que envolvam o uso da substância.
7. Persistência no uso:
Embora o indivíduo se mostre consciente dos problemas ocasionados, mantidos e/ou acentuados pela substância, sejam físicos ou psicológicos, seu consumo não é interrompido.