Esquizofrenia.

Entenda a esquizofrenia.

Esquizofrenia

O termo foi criado em 1911 pelo psiquiatra suíço Eugem Bleuler com o significado de mente dividida. A origem da palavra é grega: Skizo = cisão e Phrenos = mente

Culturalmente esquizofrenia é entendida quase como um sinônimo de loucura, de uma forma estereotipada, entendendo como “louco” aquele que não fala nada com sentido, que é agressivo, descuidado com sua aparência pessoal, que não consegue conviver socialmente etc.

Na verdade esquizofrenia é uma doença mental complexa que agrega quadros de grande diversidade sintomática. Mas ainda hoje não se sabe o bastante sobre esta doença. A tendência atual é pensar que a esquizofrenia é uma síndrome com varias etiologias – causas. Considera-se entre elas, pré-disposição genética, contexto familiar e ambiental. Muitos estudos apontam para disfunções cerebrais: “Um número grande de estudos mostra que a esquizofrenia está associada com uma disfunção cerebral, principalmente do lobo frontal. Como esta disfunção já está presente em pacientes jovens, no primeiro surto da doença, supomos que ela não seja conseqüência da psicose em si ou de seu tratamento, mas sim que resulte de um distúrbio na maturação do cérebro durante a infância e a adolescência. Assim, fatores metabólicos ou ambientais que influenciem este processo de maturação poderiam contribuir facilitando ou protegendo o desencadeamento da doença”.

Segundo dados da OMS – organização mundial de saúde a esquizofrenia afeta em torno de 24 milhões de pessoas no mundo e está presente nas mais variadas culturas. A idade média de início da esquizofrenia é entre 20 e 25 anos nos homens e entre 25 e 30 anos nas mulheres. Os sintomas iniciais são uma irritabilidade generalizada, uma diminuição do repertório de interesses pessoais, morosidade, indecisão, isolamento social e descuido do aspecto pessoal. As principais alterações ocorrem no pensamento, percepção e afetos. Alterando a partir daí toda a esfera vivencial da pessoa.

Embora não exista cura para a esquizofrenia, há alguns anos a partir da soma de alguns fatores como a evolução favorável dos medicamentos anti psicóticos e a construção de tratamentos incluindo equipes multidisciplinares, abrem-se importantes possibilidades para os pacientes. Incluem-se ai períodos de internação mais breves e uma qualidade melhor de vida. A participação das famílias nos tratamentos também é um fator decisivo para a reintegração social dos pacientes.

Luciane Lemos - CRP 077/06648